Identidad y Derechos

Brasil - Tecnologia e profissionalismo a serviço do cidadão

05/05/2013

Próximo passo será o atendimento online para a emissão de documentos como o RG, semelhante ao serviço internet banking

Quando o projeto do Poupatempo foi implantado no Estado, em 1996, ele já representou uma inovação em termos de serviços públicos, por concentrar vários órgãos em um só lugar. Em 2002 surgiu outra inovação, que seria o e-poupatempo, que disponibiliza e incentiva o acesso a serviços de utilidade pública por meio da internet pelos próprios cidadãos, com os atendentes servindo apenas como agentes facilitadores, auxiliando-os em possíveis dúvidas. Além disso, a internet também possibilitou que o usuário agendasse o seu atendimento, evitando filas e descontentamento pela demora em ser atendido. Agora, o próximo passo é possibilitar ao cidadão que ele não precise ir até o posto físico do Poupatempo para requerer segundas vias de documentos, como o RG, informa o secretário estadual de Gestão Pública - pasta que está à frente do projeto Poupatempo -, Davi Zaia. Ele afirma que ainda não possui uma previsão de quando isso vai acontecer nas unidades do Poupatempo do Estado, inclusive no de Sorocaba, que existe desde novembro de 2011, mas declara que a secretaria está "trabalhando muito" para tornar esse projeto em realidade.


O secretário relata que a internet e as tecnologias sempre foram grandes aliadas do projeto do Poupatempo, desde sua implantação no governo Mário Covas (PSDB). Portanto, para continuar trazendo sempre inovações e melhorando ainda mais o Poupatempo, Zaia declara que o governo, por meio de sua pasta, deve estar atento a essas novas tecnologias. "Já incorporamos a questão do agendamento pela internet. Agora o próximo passo, quando tiver incorporado com a tecnologia, é começar oferecer serviço de maneira remota, quando pudermos identificar a pessoa pela internet. Isso significa caminhar para a emissão de segunda via do RG sem a pessoa precisar ir ao Poupatempo", explica.


Segundo Zaia, esse sistema vai funcionar semelhante ao que ocorre com os bancos, que oferecem a possibilidade de os clientes fazerem transações bancárias por meio da internet. "Nós iríamos identificar a pessoa pelo cadastro, da mesma forma que faz transferência bancária da sua casa -, e então e a gente manda o documento na casa da pessoa, pelos Correios", ressalta.


Sobre prazos para esse projeto estar em funcionamento, o secretário diz ainda não haver nada concreto, pois ainda depende de o governo conseguir encontrar a tecnologia mais recomendada para modernizar o sistema de emissão de documentos de identidade. "Ainda não existe previsão, porque depende de fazer toda a modernização do serviço de RG, mas estamos trabalhando muito nisso", diz.


Além de beneficiar a população, que pouparia um tempo a mais sem precisar ir até um posto físico do Poupatempo, Zaia afirma que a implantação dessa nova tecnologia possibilitaria uma maior expansão do projeto pelo Estado. "Os postos físicos vão continuar existindo, porque quando vou implantando novas formas de disponibilizar os serviços, isso permite que eu tenha unidades menores. Isso facilitaria para eu instalar mais unidades em outras cidades, pois em vez de precisar de 30 funcionários, precisaria apenas de 10, por exemplo."


Inovar sempre


Atualmente, o Poupatempo oferece uma série de serviços à população, que dizem respeito aos órgãos de Instituto de Identificação, Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran), Secretaria da Fazenda, Correios, Banco do Brasil, Ministério do Trabalho, entre outros. O secretário Zaia revela que, inicialmente, quando o projeto foi criado em 1997, por Julio Semeghimi, que é o atual secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Regional de São Paulo e coordenador do Comitê Paulista da Copa 2014, e o cientista social Daniel Annenberg, que agora trabalha para desburocratizar os serviços do Detran, a emissão de RGs era o principal problema a ser resolvido. "O governo viu os serviços que tinham mais demanda do cidadão, por isso foi pensado primeiro na questão do RG, que era um problema sério que tínhamos no Estado. Então vimos que existiam serviços compatíveis ao modelo, por isso virem depois a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e a Carteira de Trabalho", diz.

A primeira unidade fixa do Poupatempo foi inaugurada em 1997, na Praça do Carmo, próximo à Praça da Sé, marco zero da cidade de São Paulo. Hoje, são 32 postos fixos de atendimento: Sé, Luz, Santo Amaro, Itaquera, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Campinas Centro, Campinas Shopping, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Bauru, Osasco, Santos, São José do Rio Preto, Jundiaí, Taubaté, Piracicaba, Caraguatatuba, Araraquara, Cidade Ademar, Presidente Prudente, São Carlos, Tatuí, Rio Claro, Franca, Botucatu, Araçatuba, Marília, Mogi das Cruzes, Sorocaba, Lapa e Suzano.


A forma com que o projeto foi executado, atendendo bem aos anseios da população, acabou dando certo e foi até procurado por outros Estados e até mesmo outros países, para que fosse implantada alguma ação aos moldes do Poupatempo. Entre esses casos Zaia destaca o governo de Minas Gerais, que assimilou a experiência do governo de São Paulo e implantou o Uai, e o governo da Macedônia, que conheceu o Acessa São Paulo, implantado dentro do Poupatempo, para facilitar a vida do cidadão por meio da internet. "A receita para o sucesso do Poupatempo é fazer investimentos necessários para isso e ter coragem para buscar isso. Outro fator é ter disposição de inovar e aplicar novas tecnologias, usando novas ferramentas existentes. É isso que se busca fazer no Poupatempo, se apropriar do que tem de mais moderno e não ter medo de inovar", argumenta o secretário.

Fuente: http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=470622